quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Viva ao Capitalismo

 
Durante a época medieval o rei era visto de duas formas: Seu corpo físico mortal e perecível e o corpo político imortal e abençoado por Deus pelas mãos do Papa. Bem este ultimo nunca morre e é indestrutível, é também por meio desta ideologia que se justificava o poder total do rei, pois seu corpo abençoado era deusificado. Isso torna evidente a razão de ao rei morrer dizia-se: "O rei esta morto, viva o rei". Este "viva o rei" não era para o próximo rei e sim para o morto, pois ele ainda vivia em seu corpo eterno, o rei nunca morre!¹
 

Estou convencido de que com o capitalismo ocorre o mesmo. Seu "corpo mortal" (industrias, bancos, comércio e etc) entra em crises, porém, seu "corpo político ou místico" (as ideologias que o mantem) nunca morrem. Assim pode-se dizer que o capitalismo nunca morre, viva ao capitalismo!

Coroado como sistema mundial indestrutível ele trás a tona o poder de seu principal aliado, os EUA. É importante termos em mente que a única forma de lidar com o capitalismo é por meio da libertação da ideologia e o conhecimento da história.

. É evidente à todos que a história é de suma importância para qualquer povo, sabe-se também que um povo livre é o que tem consciência da realidade de sua história, mesmo que não estejam livres do sistema, por meio de tal conhecimento conquistam a liberdade de pensamento. Assim as tentativas de ocultar a história é ir conta os direitos de liberdade, é ir contra a história de um povo, é um ato criminoso.
 
Referência:
 
1- CHAUÍ, Marilena. O Arcaico Desejo de Ser Morderno, originalmete publicado em: Folha de S. Paulo. Primeiro Caderno. Tendência e Debates. São Paulo, 15 mar. 1992, p. 3.

Ideais Norte - Americanos da Segunda Metade do Século XX

 
Roosevelt, presidente dos Estados Unidos durante a segunda guerra mundial, assegurou o entendimento indispensável entre os aliados na luta contra o Eixo. Ele manteve armas e homens para as batalhas decisivas, porém ele sonhava com um mundo melhor no pós guerra, seu sonho era o surgimento de um mundo melhor "baseado na liberdade de expressão e de religião, em que cada nação vivesse bem economicamente, sem temores, sem armas e sem agressões".¹

Rooseval foi acusado de ter vendido para a Europa oriental aos soviéticos. Ele foi chamado de pró-comunista. Há quem diga que ele foi um brilhante estadista e só desejava evitar que com a derrota do Eixo houvesse uma guerra entre os então aliados. Rooseval morreu em Abril de 1945, ano em que acabava a segunda guerra mundial. Quem assumiu o poder foi o vice-presidente Harry Truman, "um político provinciano [...] voraz".²

Os negócios relacionados a guerra era fonte de emprego para milhares de americanos, Truman fez alianças com empresários enriquecidos com a guerra. Diretores de empresas armamentistas ocupavam altos cargos nos departamentos de defesa dos Estados Unidos. Com o fim da guerra surgiu a necessidade de justificar a existência dos serviços de informação como CIA e FBI. A nação deveria estar sempre mobilizada para a guerra caso contrário o capitalismo norte - americano sofreria crises, milhares de pessoas desempregadas e donos de empresas armamentistas arruinados.³ De onde veria a solução para eliminar o perigo à economia dos Estados Unidos?


"Era necessário comover a opinião pública, criar a histeria anticomunista, apavorar a população [...] Em março de 1947, o presidente Truman enviou ao congresso uma mensagem na qual preconizava que os Estados Unidos, em substituição às potências europeias, interviriam nos países onde seus interesses estivessem ameaçados pela doutrina do socialismo." Criou-se o que mais tarde foi chamado de "Doutrina de Truman" e deu inicio à guerra fria, duas nações, EUA e União Soviética, que lutariam ideologicamente.
O mundo todo sofreria as consequências desta luta ideológica, inclusive americanos (alguns sendo acusados de simpatizarem ao comunismo chegaram a ser mortos). Quando pensamos por esta ótica vemos que a guerra fria manteve os alicerces do capitalismo e podemos ao menos ver que o interesse maior era a manutenção dos empresários. De ponta a ponta americanos sofreram com o medo de uma guerra nuclear, Charles Chaplin foi proibido de trabalhar, o FBI partiu para a invasão de privacidade dos cidadão, interrogatórios policiais eram realizados constantemente e em caso de suspeitas eles eram longos e cruéis. A população dos EUA viviam com medo e desconfiada, foi lhes roubada a liberdade de pensamento e foi lhes doutrinada por meio da mídia o estilo americano de vida. Os baques da vida privada norte - americana pode ser sentida com o declínio de uma de suas mais tradicionais instituições: a família nuclear. A televisão, Hollywood e os anúncios alimentavam nas pessoas os anseios do "American Way of Life". Estilo de vida da classe média branca americana que passou a ser objeto de inveja no mundo todo. O estilo de vida melhor e diversão foram suficientes para que muitas pessoas esquecessem as pressões causadas pela guerra fria.*


*É bom lembrar que muitas pessoas de condições menos favoráveis encontraram na delação de pessoas uma forma de ascensão social para alcançar o tão sonhado "American Way of Life". Hollywood funcionou como meio de doutrinação da população por meio de mensagens transmitidas em seus filmes, exemplo: Depois da década de 1950 começaram a surgir nos filmes "hollywoodianos" os acidentes ou fatalidades em que o pai ou mãe da família morriam e seu cônjuge passara a criar os filhos sozinhos e eram bem sucedidos neste novo estilo de vida. O impressionante é que este estilo de filme aparece justamente na época em que os índices de divorcio aumentaram, ou seja eles passavam a mensagem que mesmo sem um dos pais era possível criar filhos e ser feliz mesmo sem o cônjuge. Não podemos, também, desconsiderar os movimentos como Hippies, Gays, Feministas e Rock and Roll cujo o slogan favorito era "make love, not war". Apesar de nenhum deles serem declaradamente comunistas eles desafiavam os padrões tradicionais e levavam à reflexão.

Referências:

1- CÁCERES, Florival. História do Brasil, 1. Ed. - São Paulo, Moderna, 1993, p. 290.

2- Idem, ibidem, p. 290.

3- Idem, ibidem, p. 290.

4- Idem, ibidem, p. 290 e 291.

5- Idem, ibidem, p. 291.

6- LINS, Regina Navarro. O Livro do Amor vl 2, 3. ed -Rio de Janeiro, Best Seller, 2013, p. 235.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Brasileiros - um povo sexual, será?

Parte I:Sexo, este estranho!
Estamos acostumados a escultar frases a respeito da sexualidade do povo brasileiro e sobre como ele é "quente". As mulheres são fogosas e tem os melhores atributos em forma de beleza, os homens são viris e tem pegada. Na linguagem popular ninguém nega que de vez em quando faz umas sacanagens, e que a esposa esperta deve fazer em casa o que o marido iria procurar nas outras da rua, por que como sabemos muitas vezes os maridos dão uma pulada de cerca. É somente no brasil que se pode encontrar aquela mulata que faz qualquer homem ficar louco e também é somente aqui que se encontras os machos capazes de fazer a mais santa das mulheres perder o juízo, e já que estamos falando de santidade é em nosso vocabulário presente a expressão santo(a) do pau oco que claro se refere as pessoas que apresentam ares de puritanismo e são verdadeiros devassos. É curioso como em todas estas expressões são ditas e repetidas pelas gerações e como elas revelam não a nossa sexualidade mas pelo contrário a nossa dificuldade em lidar com este estranho, o sexo.

Estes termos usados em nosso cotidiano podem resumidamente mostrar que somos:

1) Que ressalta atributos de sexualidade masculino e feminino, ou seja, não aceita outros padrões como homossexuais, trânsexuais e etc.

2) Ressaltamos que a sexualidade pertencem ao físicos ,dentro do limite da carne, e claro isso o torna ruim e pecaminoso separado do santo e da alma, por isso ser ativo sexual é diferente de ser santo.

3) Mostramos que existe dois tipos de sexo o de casa e o da rua e neste caso as mulheres para poder segurar seus maridos devem fazer igual se faz na rua.

4) Vemos também que para o brasileiro sexo e juízo estão separados assim como alma e corpo estão, por isso muitos perdem a cabeça por sexo.

Bem até ai tudo bem, porém, mais curioso é portanto a imaginação de que somos um povo liberal e sexual, que somos um caloroso e não temos em nossas raízes o preconceito. Em qualquer lugar poderia-se imaginar que todos estes ditos populares seriam indicativos de uma grande repressão sexual, mas, na mente do brasileiro ocorre o contrario, isso é prova, pelo menos para ele, de que somos um povo liberal. Isso levanta algumas perguntas:

1- Como pode as mais comuns e simples provas de repressão sexual serem usadas justamente como atestados do contrário?

2- Como pode passar despercebidos nas mentes destas pessoas o quanto somos uma sociedade reprimida sexualmente?

Para poder encontrar as respostas as estas perguntas devemos ter em mente o conhecimento da operação da IDEOLOGIA. De forma bem resumida e precrária a ideologia é antes de tudo uma maneira de pensar massificada,ela nasce dos pensamentos dos dominantes e intectuais de cada época. Ela é uma deturpação da realidade para legitimar a dominação. Por meio dessa mascara da realidade pode-se conveser as pessoas de que algo é ruim mesmo ele sendo bom e que algo é bom mesmo sendo ruim. Ela passa a ser então um ideário que permeia toda a sociedade e se desenvolve na história de um povo. E o que tem a nossa história a revelar sobre a ideologia a respeito do sexo?

Algumas facetas de nossa cultura vem da situação de fundação do Brasil, a que se encontrava três culturas principais a negra, a idígena e os europeus, destacando neste caso os portugueses. Tanto os indígenas quanto os negros eram sexualmente liberais mas, com o genocídio cultural, sobrou para nós o padrão Português do sexo. E como seira a intimidade sexual dos portugueses? A resposta mais correta seria talvez: Sexo Católico Apostólico Romano. Bem mais isso é uma história sobre a qual eu vou falar depois...

CONTINUA>>>>

domingo, 10 de novembro de 2013

Entendendo o que é uma ideologia!

Não devemos cometer o engano de achar que ideologia são as convicções e ideias pessoais, que são o que achamos certo e nossas opiniões a respeito de algo, isso se chama ideário. Ideologia é antes de tudo uma maneira de pensar massificada, um ideário que permeia toda a sociedade e se desenvolve na história de um povo, como diz Chauí:

"Nossa tarefa aqui, será desfazer a suposição de que a ideologia é um ideário qualquer ou qualquer conjunto encadeado de ideias e, ao contrário, mostrar que a ideologia é um ideário histórico, social e politico que oculta a realidade, e esse ocultamento é uma forma de assegurar e manter a exploração econômica, a desigualdade social e a dominação política."

Para entendermos como opera a ideologia vamos ver um exemplo: No começo do pensamento filosófico tentava-se explicar tudo por meio da tese da metafisica. O objetivo da metafisica era explicar a realidade por meio da permanência e do movimento.  Neste caso o filósofo Aristóteles afirmava que só se poderia conhecer a realidade por meio do conhecimento das causas, explicava-se que existia quatro causas  que construiriam os aspectos de um ser. São as quatro causas: 1) Material, responsável pela matéria de um ser. 2) Forma, responsável pela essência da coisa. 3) A causa montiz, responsável pela forma da matéria. 4) Causa final, motivo e sentido da existência da coisa. O ponto importante porém esta nos valores destas causas, a menos importante é a causa montiz (que dá forma a algo) e a causa mais importante é a final (o motivo para a existência da coisa). Sendo vemos que o trabalho e a fabricação desde estes tempos ficava como menos importe que a rasão para a existência do objeto.

Assim a divisão dos níveis da importância das causas leva a criar um pensamento que será ampliado na criação da igreja Católica Apostólica Romana e nas sociedades medievais. Pensar que a finalidade de algo é maior e mais importante que o processo de sua fabricação alimentou o pensamento das divisões de classes, pois a quem pertencia as causas nobres de definição da necessidade e finalidade dos objetos era as classes dominantes e a quem ficava o dever mais baixo de produzir e fabricar eram os dominados. Sabemos também que a causa final sempre esta relacionada com as vontades e necessidades dos que dominam então ela nasce com base em suas ideias, ou seja, com base no ideário das classes dominantes.

Quanto aos dominados cabem a execução, o trabalho e a obediência. Mas, a coisas mudam com a reforma protestante pois agora temos um novo homem que vindo de seus trabalhos com o comércio, sua labuta e poupança surge o burguês. A partir dai temos o trabalho como valorizado para enobrecer perante Deus a alma do homem. Porém se pegamos o trabalho como coisa e vermos que ele é realizado para a causa final a satisfação da classe dominante veremos que independentemente do que diz a classe dominante (a qual eu coloco Lutero pois ele foi um líder) o trabalho sempre está para os dominados e sua necessidade surge sempre para os dominadores. Isso mostra como a máscara persuasiva da ideologia atua.

A ideologia nasce dos pensamentos dos dominantes e intelectuais de cada época. Ela é uma deturpação da realidade para legitima a dominação. Por meio dessa mascara da realidade pode-se convencer as pessoas de que algo é ruim mesmo ele sendo bom e que algo é bom mesmo sendo ruim, pode se também mudar as coisas sem considerar a realidade histórica, foi assim por meio dela que pode-se dizer que o trabalho rebaixava o homem e por isso deveria ser realizado pelos escravos e servos e logo depois pode-se dizer que o trabalho dignificava o homem e por isso deveria ser realizado pelos escravos e trabalhadores pois só assim eles ganhariam as bençãos de Deus. Como é sabido os negros deveriam ser escravizados para com o trabalho pagar pelos seus pecados e assim ter suas almas libertas do inferno, ou seja por meio da ideologia o Brasil se tornou um local de salvação, um purgatório, para as malditas almas dos negros e indígenas. É assim que a ideologia opera, ela muda conforme a necessidade dos dominadores e sempre mascara a realidade.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O Culto a Servidão Autoritária!

O Culto a Servidão Autoritária!

"Consentimos em servir porque esperamos ser servidos. Servimos ao tirano porque somos tiranetes: cada um serve ao poder separado porque deseja ser servido pelos demais que lhe estão abaixo; cada um dá os bens e a vida pelo poder separado porque deseja apossar-se dos bens e das vidas dos que lhe estão abaixo. A servidão é voluntária porque há desejo de servir, há desejo de servir porque há desejo de poder e há desejo de poder porque a tirania habita cada um de nós e institui uma sociedade tirânica. "Dá-se tudo ao soberano na esperança de converter-se em soberano também: vontade de servir é o nome da vontade de dominar. A oposição "um" e "muitos" se desfaz porque cada um, no lugar onde se encontra, exerce a seu modo uma parcela de tirania e, num processo fantástico, a vontade de servir engendra uma sociedade tirânica de ponta a ponta. Eis por que, escreve La Boétie, é ilusão supor que são as armas e alabardas, as fortalezas e os exércitos os protetores do tirano. Sua proteção é a sociedade inteira que o deseja porque deseja tiranizar também."

- Marilena Chauí


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

BRASIL, PAÍS DO FUTURO - FIÓRIO

        Dentro do sistema capitalista temos três classes básicas. A alta, a média e a trabalhista.  Nilton Mário Fiório em 1998 escreveu sobre as três classes de forma surpreendente. Segue o Texto abaixo:

BRASIL, PAÍS DO FUTURO


Tenho 61: meu presente é o futuro de meu passado, mas cadê o presente?

A aristocracia desfruta, enquanto assenta um caleidescópio cheio de amanhãs no olho da carência.

A mediocracia enxerga, vocifera, mas voci que fera, e concorda com o faz-de-conta da utopia.

A galerocracia compensa a pança vazia com um olho distraído e outro concentrado no vazio.

Um presente pequeno só dá para pucos; o Brasil é o país do futuro e sempre será.
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     Fiório faz aqui uma clara distinção sobre as classes sociais e diz também como cada uma reage dentro do sistema capitalista. A classe alta "desfruta" de seus confortos e engana por cria uma ilusão na classe carente. A média sabe disso pois enxerga, porém ela é negligente e prefere concordar com o faz-de-conta da classe alta. Quem paga o pato é a classe trabalhadora que não é capaz de compreender o que se passa.
Parabéns Fiório!

A tirinha abaixo representa isso muito bem:


Fonte: http://polivocidade.files.wordpress.com/2011/12/quadrinho-marx.jpg




Reflexos de uma sociedade patriarcal

Muitos de nós crescemos ouvindo que no Brasil as pessoas são amistosas, cordiais, gentis, calorosas que o Brasil é um país de todos e que todos aqui podem ser felizes mesmo que sofredores. Vivemos a acreditar que terra boa como a nossa não há. O outro lado da moeda é que também aprendemos desde pequenos que os políticos são ladrões corruptos que estão no poder apenas para vadiar e roubar o dinheiro do povo. O curioso, porém, é que a sociedade brasileira apesar de ter uma visão tão negativa de seus representantes políticos são como já dito otimistas com relação a seu país e como consequência não tomam posição frente a política. Por quê?

Somos fruto de uma sociedade baseada em valores patriarcais. O que é o patriarquismo?  Para entendermos vamos analisar duas palavras, “povo” e “pátria”, estas palavras têm suas origens no latim “populos” e “pater”. “Populos” se refere a um grupo de pessoas que vivem de maneira ordeira, seguindo as mesmas regras e estão sujeitos a uma mesma lei. Já a palavra “pater” é o pai, porém, não no sentido de genitor, mas um pai jurídico. “Pater” é o que possui autoridade sobre o “patrimonium” (patrimônio) então ele é o senhor absoluto, sua vontade é lei incontestável e deve ser respeitada pelos que estão sob seu domínio. Pai então neste sentindo se refere ao que estar no poder patriarcal e pátria é o que esta debaixo de seu poder. Sendo assim sociedade patriarcal é aquela que esta organizada segundo as vontades do pai.

Feita essa reflexão sobre as origens das palavras “povo” e “pátria” quero lembrar-vos de uma famosa frase no Brasil: “O povo da pátria brasileira.” Pergunto se povo é o grupo que vive debaixo de uma mesma lei e pátria é o que pertence ao “pater” (pai) quem é esta criatura dominadora que exerce tanto poder sobre a sociedade e por que nós não reagimos ante isso?
Podemos dizer que no atual contexto político brasileiro o “pater” é os governantes e lideres políticos. Estes deveriam, em vez de exercer poder patriarcal sobre a sociedade, representá-la. Digo que o “pater” político do Brasil é os governantes e não o povo por que ainda aqui a política é feita não para os interesses do povo, não para suprimir as vontades e necessidades da “pátria”, mas ao contrario para se fazer as vontades dos políticos.

O problema se agrava mais devido à sociedade brasileira não interferir de maneira ativa na política por estar desde cedo acostumada ao autoritarismo do “pater”. Ainda crianças, somos sempre obrigados a respeitar a autoridade máxima do pai, mesmo não entendendo o porquê de certas atitudes não podemos contestar, a ordem é respeitar. Os chefes de família devem respeitar seus patrões e nunca questioná-los. A esposa deve não apenas a submissão, mas, deve se sujeitar a todas as vontades de seu marido, de maneira irracional, para não o perder para as outras. São muitos os exemplos que mostram que dentro das relações intimas do brasileiro opera o pratiarquismo.

A conseqüência desta atitude é que por não questionarmos e não tomarmos posição esquecemos que o “pater” legítimo da pátria não são os políticos e sim o povo! 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Já teve a impressão de estar vivendo no piloto automático?




                Muitas vezes dentro de nossa sociedade nós temos uma impressão de estar sonhando. Não por que estamos deslumbrados com a realidade, mas exatamente o contrário por não compreender o que se passa. Às vezes passamos pela vida como se estivéssemos no piloto automático, e neste caso, deixamos de enxergar, ou seja, refletir sobre a realidade. Mas a questão é: O que é este “piloto automático”?


O problema de estar no piloto automático:


                Em nosso cotidiano, assim como na natureza, passamos pelas leis de causa e efeito. Porém diferente da forma natural, onde a mesma causa sempre terá o mesmo efeito, no humano o efeito vai variar de acordo com sua etnia, história, intenção, repertório intelectual, desejos, sentimento, filosofias e todos os outros critérios que definem a individualidade de cada pessoa. Sendo assim podemos concluir que podemos sofrer os mesmos estímulos e ainda assim reagirmos de formas totalmente diferentes.
                O que se nota hoje, porém é que muitas pessoas estão demonstrando as mesmas reações, isso quando mostram. Pior que isso é o fato de muitas nem saberem o porquê de tomar essas decisões. É como se estivessem no piloto automático que sempre irá reagir de forma predeterminada a um estímulo. O problema é que pilotos automáticos não surgem sozinhos eles são projetados com um objetivo, satisfazer as necessidades daquele que o projetou.  O estado de automático também nos tira o direito de refletir e compreender o mundo a nossa volta. E é ai que mora o problema! Para começar a nossa reflexão pense nas seguintes perguntas:
  • ·         Quem é que está por trás dos pensamentos do “piloto automático”?
  • ·         Quais características em minha vida eu mostro que tomo decisões de forma irrefletida?
  • ·         Por que alguém iria querer que eu não refletisse a respeito de algo?
  • ·         Quais os prejuízos de se estar no “piloto automático”?

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Fatos - A vida como ela é!

    O que é um fato? Fato é uma palavra originária do lantim "factum" que quer exprimir a ideia de verdade, acontecimento consumado ou prestes a ocorrer. Assim podemos dizer que um fato é uma realidade. Muitas vezes em nosso cotidiano ouvimos frases como: "Isso não condiz com os fatos" ou "fique atento ao verdadeiros fatos", temos também "fatos são fatos", entre muitas outras, todas nos lembram do quanto estes são importantes. 

    Mas por que hoje se vê uma real necessidade de estudar os fatos? Em todas as eras da história muitos fatos foram omitidos com o objetivo de criar os mitos. Nossa sociedade não é diferente, temos muitos mitos e estes por sua vez ganham muita força com o decorrer do tempo. O mito cria, ao contrário de uma sociedade pensante e reflexiva, pessoas alienadas, ignorantes e conformadas.

    Vivemos nas "sombras" escravos da ignorância e do conformismo. A chave mestra para se libertar desta condição indolente é o conhecimento a respeito de fatos que contraíram a nossa sociedade e criaram o Brasil como ele é e que fez desta gente, que aqui abita, um povo brasileiro. Este é o intuito deste blog, mostrar os verdadeiros fatos sobre nossa sociedade! Somente assim é que podemos nos libertar desta "caverna" e ver a vida como ela é!